28 de abril de 2011

a água

gosto da água
que fura as paredes do pensamento
e nas tuas mãos cria sede

os meninos ficam lá em baixo
dançando
esperando o teu ventre
e a chuva

as tuas pernas tremem
enquanto á janela
espias os pássaros
inquietos
que se recolhem
á espera da manhã
seguinte

enquanto a água rasga o solo
em silêncio
e vai afundando o teu corpo

Sem comentários:

Enviar um comentário